Iniciada neste domingo passado, a cerimônia de abertura oficial (Inauguration) do segundo mandato do presidente Barak Obama seguiu nesta segunda – Martin Luther King Jr’s Day – com o esperado discurso ao público americano…
A audiência menor desta vez reflete a realidade do segundo termo presidencial, quando a novidade e as expectativas em relação a um recém-chegado são substituídas pela familiaridade e as experiências deixadas pelo primeiro ato.
Para Obama, a diferença – ou a indiferença – é ainda maior: sua histórica ascendência à Casa Branca em 2008 veio junto com muita esperança e a crença em um novo tipo de governo que iria eliminar o enorme quiproquó partidário desenvolvido em décadas anteriores.
Entretanto, uma série de desafios, incluindo a herdada recessão econômica e as sucessivas batalhas com os legisladores Republicanos sobre orçamentos e gastos governamentais, endureceram ainda mais a oposição em Washington.
As melhores realizações do presidente Democrata, tais como a grande reforma do sistema de saúde – o Obamacare – e o amansamento de Wall Street, se tornaram símbolos de divisão política, com seus oponentes incessantemente acusando-o de atrapalhar a necessária recuperação da economia.
O Barak Obama do segundo mandato tem se comprometido com profundas reformas na política de imigração americana, bem como com novas ações pra impulsionar a relutante convalescença econômica, e a controvérsia parece aumentar, colocando em segundo plano suas aspirações sociais.
O recente massacre na escola primária em Connecticut trouxe à baila a questão – controversíssima! – do controle de armas, a ser enfrentada como prioridade em sua agenda.
Recentes pesquisas indicam que a maioria dos americanos – segundo a CNN, 54% – acredita que Obama fará um segundo mandato presidencial acima da média.
Sete entre dez cidadãos acreditam que sua estratégia será bem sucedida.
Diante das incertezas crescendo, o mundo – parceiro e dependente – espera ansioso que sim…
