Como conciliar tudo isto?

Este ano vamos nos familiarizar com os “wearables”, aparelhos digitais “vestíveis”, que facilitarão nossa vida. Já conhecemos a pulseira de exercício, disponível no mercado desde 2011. Ela registra o número de passos, as calorias queimadas em atividade física e a velocidade da corrida.

Também já está à venda o “Glass”, óculos do Google, que custa 1.500 dólares. Nele, uma tela de computador igual à do tablet, permitirá navegar na internet, usar o GPS e acessar aplicativos. É visível no olho direito e é comandado por voz e gestos.

Mas há muito mais a caminho. Os “wearables” aposentarão os iPhones e iPads, pois funcionam como uma segunda pele. Nos Estados Unidos já existe por 130 dólares um hacker no cérebro, utilizável no trabalho ou para entretenimento. É uma tiara que capta ondas cerebrais e possibilita se comandem aparelhos como computadores, apenas com o pensamento.

O “computador de peito” está sendo desenvolvido para realizar apresentações, videoconferências e navegar na internet. Esse colete é conectado à web e equipado com câmeras e projetor. Cria tela de computador à frente do usuário, esteja ele onde estiver.

O smartwatch já é também disponível, por 589 reais e é um relógio computadorizado que funciona como um smartphone. Faz ligações telefônicas e acessa a internet e aplicativos.

O que dizer da roupa high-tech, já disponível no exterior por 399 dólares? Quando se pratica exercício físico, sensores espalhados pela camiseta da startup AiQ, de Taiwan, medem batimentos cardíacos, a taxa de respiração e a temperatura corporal.

Este ano também permitirá comprar um anel que exibe se há novos e-mails ou notificações de redes sociais para ser conferido. Ainda controla aparelhos à distância.
Embora recém-nascido, o mercado de “wearables” já vendeu em 2013, 15 milhões de unidades. Até 2018, o crescimento será de 3.200% com 485 milhões de unidades comercializados ao ano.

E pensar que essa realidade, já experimentada – pois foram anos de pesquisa e de provas até ingressar no mercado – convive com o anacronismo de arquivamento de papeis inservíveis, quais processos findos. Por esse armazenamento o povo paga milhões. Como conciliar o contemporâneo com o superado?