DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Na semana passada comemoramos o “Dia Internacional da Mulher”. Será que o
feminismo não se satisfaz com pouco ao exigir para a mulher seus “direitos”,
quando deveria lutar mais amplo, ou seja, a apropriação do projeto da
mediação universal entre a deficiência e a otimização masculina e das
coisas? Por exemplo, mesmo morando em grandes centros ou na periferia deles,
um simples acompanhamento pré-natal transforma-se em autênticos calvários.
Os resultados do descaso dentre outros, vão de abortos ao falecimento das
gestantes. No País em que o próprio Ministério da Saúde classifica como
inaceitáveis os índices de morte após o parto, mulheres muitas vezes têm de
viajar precariamente 60 kilômetros para fazer uma mamografia ou esperar
meses até conseguir o diagnóstico de um exame de câncer de colo do útero.
Outro absurdo que acomete as mulheres é a indicação pelos médicos de pílulas
anticoncepcionais e hormônios injetáveis para contracepção. Claro que são
métodos eficazes, mas nem sempre indicados. Há mulheres que apresentam
restrições a este método, mas ao que parece, isso não vem sendo observado.
Em 2012, o índice de mortes após o parto foi de cerca de 50 por 100 mil
nascidos vivos. Importante saber que o homem é espetaculoso e retórico,
desencadeia tempestades e terremotos na busca de resultados. A mulher, não,
seu estilo é passar despercebida, discreta, afirmando-se menos no “fazer” e
mais no “ser e no estar”. A mulher se impõe pela simples presença, mais do
que pela palavra ou pela ação. Outra coisa importante é saber que foi à
mulher que inventou o trabalho, pois este nunca foi o forte do homem. O
macho da espécie humana é caçador, pescador, navegador, prefere depois a
política, a ciência, a arte, os negócios. O homem tem alma aventureira e
visionária, vive sempre projetado para a distância. A mulher foi quem
primeiro cuidou da fiação, da cozinha, do trabalho no campo, da agricultura.
Aproveitando a deixa, não caberia deduzir, então, que o papel próprio da
mulher é ser a grande “mediadora” em todos os setores? Mediadora entre a
barbárie e a civilização, entre a tirania e a justiça. Será que hoje a
mulher está cumprindo sua função mediadora na História? A influência da
mulher é pouco visível precisamente porque é difusa e se acha em todo lugar.
Não é turbulenta, como a do homem, e sim estática como a da atmosfera. Há,
evidentemente, na essência feminina, uma índole atmosférica que opera
lentamente, à maneira do clima. Mães, mulheres e fêmeas constrói nossa
civilização abrindo trilhas que desde a pré-história o homem aprendeu a
seguir apoderando-se da fama, mera ilusão, elas sempre estiveram no comando.
Que Deus abençoe as mulheres.