Ontem foi o “Dia Internacional da Mulher”. Será que o feminismo não se
satisfaz com pouco ao exigir para a mulher seus “direitos”, quando deveria
lutar mais amplo, ou seja, a apropriação do projeto da mediação universal
entre a deficiência e a otimização masculina e das coisas? Por exemplo,
mesmo morando em grandes centros ou na periferia deles, um simples
acompanhamento pré-natal transforma-se em autênticos calvários. Os
resultados do descaso dentre outros, vão de abortos ao falecimento das
gestantes. Outro absurdo que acomete as mulheres é a indicação pelos médicos
de pílulas anticoncepcionais e hormônios injetáveis para contracepção. Claro
que são métodos eficazes, mas nem sempre indicados. Há mulheres que
apresentam restrições a este método, mas ao que parece, isso não vem sendo
observado. Em 2011, o índice de mortes após o parto foi de cerca de 50 por
100 mil nascidos vivos. Importante saber que o homem é espetaculoso e
retórico, desencadeia tempestades e terremotos na busca de resultados. A
mulher, não, seu estilo é passar despercebida, discreta, afirmando-se menos
no “fazer” e mais no “ser e no estar”. A mulher se impõe pela simples
presença, mais do que pela palavra ou pela ação. Outra coisa importante é
saber que foi à mulher que inventou o trabalho, pois este nunca foi o forte
do homem. O macho da espécie humana é caçador, pescador, navegador, prefere
depois a política, a ciência, a arte, os negócios. O homem tem alma
aventureira e visionária, vive sempre projetado para a distância. A mulher
foi quem primeiro cuidou da fiação, da cozinha, do trabalho no campo, da
agricultura. Aproveitando a deixa, não caberia deduzir, então, que o papel
próprio da mulher é ser a grande “mediadora” em todos os setores? Mediadora
entre a barbárie e a civilização, entre a tirania e a justiça. Será que hoje
a mulher está cumprindo sua função mediadora na História? A influência da
mulher é pouco visível precisamente porque é difusa e se acha em todo lugar.
Não é turbulenta, como a do homem, e sim estática como a da atmosfera. Há,
evidentemente, na essência feminina, uma índole atmosférica que opera
lentamente, à maneira do clima. Mães, mulheres e fêmeas constrói nossa
civilização abrindo trilhas que desde a pré-história o homem aprendeu a
seguir apoderando-se da fama, mera ilusão, elas sempre estiveram no comando.