Há três décadas como professor e uma década como articulista, diariamente me relaciono com centenas de pessoas, das quais muitos leitores.
O artigo de hoje não servirá a esse pequeno círculo. Em poucas linhas definirei “dicas
para a hora da urna eleitoral”.
Num regime republicano o Presidente e os Governadores de Estado pouco decidem sozinhos. Precisam de Congressos independentes e seus municípios bem governados. Já os municípios para serem bem governados precisam de Câmaras de Vereadores comprometidas e alinhadas com os interesses dos munícipes, e um Prefeito que o conduza com retidão e firmeza.
Fixem a atenção nos candidatos a Prefeitos e Vereadores, esses sim têm muito poder em nosso País. Aqui vão algumas dicas.
Mais importante que o candidato é seu suplente no caso de vereador ou vice no caso de prefeito. No Brasil existe a “Indústria da Suplência”. Alguém de projeção empresta seu nome concorrendo e ganhando nas urnas, renuncia ou assume um cargo de confiança. Pronto! Ai entra o suplente normalmente contraventor, ou no mínimo inábil, usufruindo da imunidade parlamentar. Lembrem-se, vereadores e prefeitos mal escolhidos podem destruir um município condenando-o a escuridão e ao retrocesso, apenas com decisões mal tomadas e má fé.Fundamental que os candidatos saibam ler e escrever, não importando se são “do povo” e bem intencionados, aliás, no “inferno tem um montão deles”. Independente da Lei da Ficha Limpa chequem a história de vida de seu pretendido. “Diga com quem andas e direi quem tu és”. Jargões como “rouba mais faz”, “estupra, mas não mata”, “relaxe e goze”, “pior que tá não fica” são indícios de vícios terríveis. Caso o candidato já tenha sido vereador ou prefeito e tido uma trajetória péssima, esqueça-o, pois a tendência em seu retorno é piorar ainda mais.
Não existem milagreiros que residem em mansões declarando renda de R$ 820. Alerto que o nepotismo, prática de empregar parentes, é claro indício que o candidato é sanguessuga. Carros oficiais devem transportar servidores a serviço do município em horário comercial ou devidamente solicitado. Guarujá, Campos do Jordão, prostíbulos, etc, são locais em boa parte do tempo distante do trivial executivo e parlamentar, (porém as vezes podem transformar a Câmara Municipal e o Passo Municipal em um prostíbulo). Dentre os políticos, uma prática cada vez mais usual é esconder e transportar dinheiro na cueca. Candidatos ou partidos que o fazem não merecem sua confiança. Além de fazer mal a genitália prova ilicitude.
Seu voto de protesto em “Branco” pode eleger um representante do crime, pois tira do caminho alguém do bem. Ainda existem pessoas boas e abnegadas que merece seu voto, são elas que farão de sua cidade mais justa e próspera.