DILMA, RENUNCIE !

O que acontece quando um governo atinge 92,3% de reprovação nos primeiros
sete meses de mandato? Quando 66% da nação apóiam a abertura de processo de
impeachment ? O que vem depois? Qual a extensão real da tempestade que
combina rajadas políticas, granizo econômico, gigantescas ondas de
corrupção? A tormenta é enorme, e com magnitude inédita na história
brasileira, pelo menos por enquanto. Mas, entre os gritos de “fica” e
“fora”, há silêncios ainda intraduzíveis. Ninguém aposta em mar de rosas, e
uma maioria considerável de analistas não acredita na reabilitação do
governo. A aprovação de Dilma Rousseff é de 7,7%, não muito diferente de
Fernando Henrique em determinado momento, que, embora não possa ser
considerado um presidente mal sucedido, nunca mais pôde aparecer em uma
campanha eleitoral. Para recuperar algum apoio popular, o famigerado ajuste
fiscal precisa surtir efeito. Mas, como as previsões de queda da inflação e
de retomada do crescimento apontam só para 2017. Para se sustentar , a
medida mais urgente nunca foi das mais simples para a presidente: se
comunicar. Sair da toca, dar satisfação, falar com o Congresso, com
empresários, com movimentos que ajudaram a elegê-la, com o próprio partido.
Dilma é incapaz e não possui habilidade. Tentando compensar tal situação
claudicante, o vice Michel Temer (PMDB) vem fazendo papel de fiador do
governo. Mostrando-se convicto que qualquer caminho para saída da crise
passa por ele, vem fazendo o papel de interlocutor. Segundo aliados, tal
movimentação também é uma tentativa de preservar uma alternativa de poder
caso Dilma seja impedida de acabar o mandato. Dilma não tem autonomia, não
consegue informar as prioridades do governo, não explica o planejamento a
médio prazo, nada tem a oferecer aos aliados. Nesse domingo, 16 de agosto
milhares, ou quem sabe milhões, irão as ruas em todo Brasil pedir a saída
de Dilma. Sua saída via impeachment é morosa e nos condenará a mais tempo de
crise econômica. Já em caso de renúncia, empossamos Temer e rapidamente
poderemos colocar o País nos trilhos, assim como os marginais na cadeia.
Dilma poderia ter um sopro de grandeza e renunciar seu mandato. Esqueceremos
da presidente, ou quem sabe lembraremos apenas de uma fantoche de Lula.
Recordaremos de um erro histórico de escolha, mas será redimida pelo ato da
renúncia. Vem para Nove de Julho às 9:30hs nesse domingo 16/08!