DOZE MILHÕES SEM EMPREGO

O desemprego no Brasil atingiu um número alarmante, mais de
12,2 milhões de pessoas encerraram 2016 sem trabalho. É como se todos os
moradores da cidade de São Paulo estivessem na mesma, à espera de uma vaga,
uma chance, uma oportunidade, um emprego. Doze milhões de brasileiros estão
buscando trabalho. Se compararmos o trimestre encerrado em novembro com o
mesmo período de 2015, são três milhões de desempregados a mais. A taxa de
desocupação no Brasil atingiu exatos 11,9%, a maior desde que o IBGE começou
a fazer essa pesquisa, em 2012. As principais causas são; 1- A baixa
qualificação do trabalhador, muitas vezes há emprego para a vaga que o
trabalhador está procurando, porém o mesmo não possui formação adequada para
exercer aquela função; 2- A substituição de mão de obra por máquinas, sendo
que nas últimas décadas, muitas vagas de empregos foram fechadas, pois
muitas indústrias passaram a usar máquinas na linha de produção, um exemplo
é setor bancário com os caixas eletrônicos e bankline; 3- A crise econômica
brasileira diminui o consumo de bens e serviços. Muitas empresas demitiram
funcionários como forma de diminuir custos para enfrentá-la. 4- Custo
elevado de impostos e outros encargos para as empresas contratarem com
carteira assinada. Este caso é típico do Brasil, pois os custos de
contratação de empregados são muito elevados. Muitas empresas optam por
aumentar as horas extras de seus funcionários a contratar mais mão de obra.
Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) não para de rever para baixo suas
previsões para o emprego no Brasil em 2017. Apesar de acreditar que a
economia brasileira passará por uma melhora nos próximos meses, em 2017, o
Fundo acredita que o desemprego no país será de 11,5% – previsão 1,3 ponto
acima da previsão anterior. O documento diz também que a economia brasileira
passou a contrair num ritmo mais moderado. Estima que o PIB (Produto Interno
Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país) crescerá 0,5% em
2017. O órgão diz que o Brasil “continua a enfrentar condições
macroeconômicas desafiadoras”, mas que o cenário futuro está um pouco mais
favorável que o projetado no início do ano. O órgão voltou a defender que o
Brasil adote as propostas do governo Michel Temer de limitar o aumento de
gastos do Orçamento à variação da inflação.