FHC, O QUANTO PIOR MELHOR

Em entrevista e artigo ao jornal “O Estado de São Paulo”, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) deixou nas entrelinhas a
estratégia omissa e covarde que a oposição aplica sobre o desgoverno da
presidente Dilma. O “quanto pior melhor” é a mensagem passada por FHC.
Esperasse mais do dito “estadista”. Mencionou; ” Eu coloquei uma hipótese,
coloquei um caminho: ou a renúncia ou fica tudo como está ou ela assume o
comando. Eu não falei das saídas pelos tribunais… Não está claro qual vai
ser o desdobramento disso. O motor que impele o processo não está sob o
controle político. Ele é formado pela Lava Jato e pela crise econômica. Ele
é que vai impelindo alguma saída. Agora, o que vem depois? É difícil de você
dizer porque nós não sabemos quais atores políticos estarão em pé daqui a
três meses”. Seria compreensível exigir de Dilma e seus companheiros que
desfizessem a tragédia moral, política, econômica e social que o Lulopetismo
impôs ao País, mas evidentemente são incompetentes para tal. O Lulopetismo
mostrou-se competente para assaltar o erário, conspirar contra república e
aparelhar a máquina pública para um projeto criminoso e interminável de
poder. O Brasil precisa de uma ação imediata, não é possível esperar que
Dilma renuncie. Auto crítica não é prática de Dilma, além do mais, a
incompetência costuma ser atrevida. Como FHC mencionou, a gestão Dilma vai
se “desmilinguindo, esfarelando”, e vimos o mesmo nos processos de
deposição de Jango (1964), Collor (1992), por razões e formas diferentes,
por tanto há sim ambiente para se requerer o impeachment. Poderia citar
dentre outras “as pedaladas fiscais”, caixa dois de campanha, basta uma
oposição focada, que não olhe para seu próprio umbigo e pense no Brasil.
Fica claro que FHC quer o governo sangrando, propagandeando o quão ruim
foram para esse País. Evidente que o plano é não “queimar um cartucho”
importante para as urnas de 2016. A torcida é para que Michel Temer assuma a
presidência e se incumba da reconstrução inicial do Brasil, tarefa que
trará enorme desgaste político, mas sem oposição firme e focada isso não
ocorrerá. O que e quanto perderemos aguardando esse desfecho? Empresas,
empregos, imagem, vidas, tudo na berlinda, a mercê de uma oposição
equivocada, mesquinha e que no fundo também conspira para um novo projeto
sujo de poder.