O BRASIL REBAIXADO

O Brasil foi rebaixado pela agência de classificação de risco Standard and
Poor’s (S&P). Pela frente, juros e impostos mais elevados, inflação
galopante fazem parte do pacote. A S&P informou que reclassificou o Brasil
de grau de livre investimento para grau especulativo, reservado aos menos
confiáveis. Como conseqüência, o status de crédito soberano de cerca de 60
empresas também foi alterado. A extensa lista inclui Bradesco, Itaú, BNDES,
Petrobras, Congas, Eletrobras, Itaipú, CCR, Autoban, Globo , Votorantin,
Klabin etc. O Lulopetismo destruindo o Brasil. Em nota, a S&P justifica a
medida dizendo que o perfil de crédito do Brasil piorou desde julho, quando
a mesma agência definiu a perspectiva brasileira como negativa. O principal
fator que contribuiu para a queda da nota foi a apresentação do catastrófico
orçamento deficitário em 30,5 bilhões para 2016. Segundo a agência, a
proposta mostrou que a equipe econômica do governo não tem condições de
apresentar um orçamento consistente com os desafios econômicos atuais, e não
conta com o necessário apoio do Congresso para adotar medidas de ajuste.
Além de tudo, a S&P definiu a perspectiva atual como negativa, o que pode
rebaixar o Brasil mais uma vez nos próximos meses. Outras duas agências de
risco mantêm o Brasil com grau de investimento – Moody’s e Fitch, porém com
viés de revisão para baixo em breve. Com freqüência se diz que nunca se viu
situação econômica tão ruim. Não é verdade, entre 1982 e 1993, a “década
perdida” do caos da hiperinflação e da moratória externa, o Brasil estava
pior. Mas vivemos de fato uma grave crise, que escancara as conseqüências do
modelo político e econômico atual. Esse modelo se caracteriza pela captura
de interesses partidários e privados, que sem nenhum escrúpulo montaram não
um, mas dois enormes esquemas de corrupção voltados para sua preservação no
poder e enriquecimento pessoal. Hoje o gasto público se aproxima de 40% do
PIB, um número elevado, especialmente para um país de renda média.
Incompetência, por não entregar os serviços de qualidade que a sociedade
demanda. E falência pela perda da disciplina fiscal. Estamos com sérios
problemas, pois não há na história caso de país que se tenha desenvolvido
plenamente sem um Estado decente, eficaz e solvente. Dilma deve parar de
brincar e promover cortes na máquina pública dando exemplo.