LULA PARA PRESIDIÁRIO

Segundo o Jornal “O Estado de São Paulo”, o Instituto Lula informa que o
ex-presidente está tranquilo em relação ao aspecto jurídico de tudo que é
atribuído a ele nas investigações que colocaram abaixo a República. Em maio
de 2015, o Ministério Público Federal (MPF) pediu esclarecimentos a Lula, à
Odebrecht e ao BNDES sobre suspeitas de tráfico de influência de 2011 a
2014. Lula teria ajudado a empreiteira a obter contratos no exterior com
recursos do banco. A Polícia Federal (PF) afirmou em junho do ano passado
que a Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões ao Instituto Lula e mais R$ 1,5
milhão à LILS, empresa do ex-presidente, entre 2011 e 2013. A Procuradoria
da República (PR) no Distrito Federal abriu em julho investigação criminal
para apurar se o ex-presidente praticou tráfico internacional de influência
em favor da Odebrecht. Em delação premiada, o dono da UTC, Ricardo Pessoa,
afirmou repasses “legais e ilegais” para partidos com a finalidade de “abrir
portas” no Congresso, pagou em 2006 R$ 2,4 milhões à campanha de Lula. O
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), remeteu em agosto a
MPF e a PF, ao menos três relatórios indicando movimentações atípicas da
empresa do ex-presidente. Com suspeitas de que Lula pode ter sido
“beneficiado pelo esquema de corrupção da Petrobrás”, em setembro a PF pediu
ao STF que o ex- presidente fosse ouvido no processo de corrupção da
Petrobrás, imediatamente acolhido como “informante”. Fernando Baiano afirmou
em delação premiada que Lula se reuniu pelo menos duas vezes com o
pecuarista José Carlos Bumlai e com João Carlos Ferraz, para tratar de
negócios intermediados por ele com cobrança de R$ 3 milhões por Bumlai para
supostamente pagar uma dívida de imóvel de uma nora do ex-presidente. Laudo
da PF apontou que o Instituto Lula e à LILS receberam quase R$ 4 milhões da
Odebrecht, entre 2011 e 2014. Ainda segundo o laudo, as instituições
receberam mais R$ 17,2 milhões de outras empreiteiras alvo da Lava Jato. No
fim de setembro a PF, RF e MPF cumpriram mandado de busca e apreensão no
escritório de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente em ação que
integrou a Operação Zelotes. A PF investiga empréstimo de R$ 12 milhões
tomado por Bumlai no Banco Schahin – o real destinatário do dinheiro foi o
PT, segundo o empresário.