No Brasil, infelizmente, nem sempre as críticas ao Ministro Paulo Guedes, na condução da economia do País, guardam essa proporção de coerência com os fatos e condições socioeconômicas que contemporizam aqui e no Exterior.
A travessia do País, a partir de 2020, com a pandemia do Covid-19, que paralisou a economia brasileira e gerou o fechamento de milhares de empresas e jogou no chão atividades relevantes do setor terciário, como o turismo, hotéis, restaurantes, os transportes como um todo, a aviação civil, e etc, provocou, consequentemente, numa velocidade inimaginável, um elevado nível de desempregados, sem renda, levando cerca de quarenta milhões de famílias à miserabilidade; um problema social nunca vivido anteriormente no último século e adjacentemente, uma brutal queda na Receita Tributária, não prevista no Orçamento Público.
Esse desastre ocorreu, não somente em nosso País, mas em todo o mundo, porém estamos reportando aqui dados da nossa economia e, comparativamente, com outros Países.
Recorremos abaixo aos números que retratam o desempenho da economia, a partir de 2020, vis-à-vis, o que ocorreu nas principais economias desenvolvidas.
Em 2020 tivemos uma queda do PIB – Produto Interno Bruto de cerca de 4,5%, menor do que a queda nos Estados Unidos, Inglaterra e Europa. Em 2021, crescemos em paralelo à essas economias.
Neste ano, projeta-se a inflação nos Estados Unidos, de cerca de 8,6%; na Europa, com 8,1% e no Reino Unido, superior a 11,0%. Serão, como nunca aconteceu no passado, maiores do que no Brasil, que deverá ficar próxima de 7,0%.
Quando o ministro assumiu a economia, analistas econômicos projetavam que a dívida interna do Setor Público, logo atingiria o percentual de 100,0% do PIB – Produto Interno Bruto. Em 2020 o governo teve o dispêndio excepcional com a pandemia e o socorro às famílias, de cerca de R$ 500 bilhões e, mesmo assim, neste ano, a relação entre a dívida e o PIB – Produto Interno Bruto deverá ficar abaixo de 80,0%.
Neste ano a China deverá crescer cerca de 3,5%; os Estados Unidos, entre 2.5% e 3,0%; a Europa 1,5%; o Reino Unido 1,0% e o Brasil, entre 2,0% e 2,5%.
Fomos o País que mais gerou empregos nesses anos de crise, salvo exceções pontuais.
Nas relações externas, mantivemos, em todos esses anos, as reservas internacionais herdadas, de cerca de US$ 350 bilhões, teremos um superávit na Balança Comercial, de cerca de US$ 80 bilhões e, um superávit em Transações Correntes de US$ 5 bilhões, resultado que não ocorreu nos últimos cinquenta anos.
Os investimentos externos no País, em ativo fixo, deverão atingir cerca de US$ 60 bilhões.
Por fim, o País deverá gerar cerca de três milhões de empregos neste ano.
Portanto, parabéns ao Ministro Paulo Guedes.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia no Unianchieta; Membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.