A nação parece saturada da bandalheira. Há tédio nos discursos
políticos, no máximo esperança de que algum mágico dê jeito nas coisas. O
clima de exasperação, rejeição passional e ausência de debate público
bloqueiam o País que chafurda na corrupção. O Brasil está parado! As
manifestações estão aí, mas a qualquer momento podem derivar para o caos ou
no melhor jeitinho brasileiro esfriar. Precisamos acabar com a crise
política, mas de que forma quando a Presidente da República está ameaçada de
impeachment e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado
respectivamente estão sendo investigados na operação Lava Jato? Vivemos uma
crise política e econômica, assim como desponta no horizonte uma crise
social, que pode derrubar toda a estrutura de governo, desafiando as
instituições como nunca. As deficiências estruturais do país na educação,
saúde, segurança e transportes não são atacadas com determinação. A
presidente Dilma e seu partido gastam mais tempo arrumando desculpas do que
interpretando e respondendo seu rasteiro 7% de popularidade. O Brasil segue
com a mesmice do ufanismo, subserviência do “pobrismo” e dos políticos
vendilhões. De concreto, respeitando todas instituições republicanas,
estamos investigando e colocando atrás das grades criminosos de colarinho
branco como “nunca na história desse País”. De positivo, nascem correntes
sociais ativas para sustentar mudanças que trarão boas novas, na verdade
entendimento para que se dê um arranque expressivo em nosso projeto de País.
De dentro e de fora do governo federal ouve-se que o Estado precisa gastar
menos, como se fosse possível reduzir ou redefinir despesas públicas a essa
altura do campeonato. Se a vida de parte dos mais pobres melhorou graças às
políticas de incentivo ao consumo e à Bolsa Família, daí virão mais
exigências de gastos públicos e não menos. Surgem arranjos inusitados e
expectativas que nem sempre poderão ser atendidas. As manifestações têm se
sucedido e em todas as agendas as exigências são idênticas. Queremos um
Brasil justo que seja de todos e não de políticos ladrões, empresários
pulhas que se venderam ao sistema. Queremos um País para chamar de nosso e
que os filhos dessa pátria tenham orgulho de seus líderes. Chega de
bandalheira e discursos vazios criados por marqueteiros fantoches.
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