PÁSCOA, DEPOIS DO MASSACRE

A Páscoa é uma das datas mais importantes no ocidente e sua origem remonta
de muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” vem do latim Pascae. Na Grécia
Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais
remota está entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado
é passagem. Entre os judeus, marca o êxodo deste povo do Egito, por volta
de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes anos, retratado
na Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a
passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram
do Egito. Entre os cristãos esta data celebra a ressurreição de Jesus
Cristo. Em suma, Páscoa é sinônimo de resnacimento, esperança e mudanças. A
figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data pela sua
fertilidade. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de
preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o
índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho
representava o nascimento e a esperança de novas vidas. Novas vidas remete a
crianças. O recente massacre com armas químicas na Síria, na província de
Idlib, já deixou ao menos 86 mortos, sendo 30 crianças, de acordo com a ONG
Observatório Sírio para os Direitos Humanos. A responsabilidade foi
atribuida ao déposta e ditador sírio Bashar al-Assad. Segundo a ONU, desde
o seu início em 2011, a covarde carnificina matou mais de 470 mil pessoas,
além de ter levado cerca de 10 milhões de sírios a cruzarem a fronteira em
busca de paz. Em 2016, investigação promovida também pela ONU confirmou que
houve
uso de armas químicas durante os embates entre
forças do governo e rebeldes sírios entre os anos de 2014 e 2015.O episódio
mais trágico e notável envolvendo substâncias proibidas, no entanto, data de
2013. Na ocasião, o governo da Síria utilizou gás sarin para bombardear
opositores e deixou ao menos 1.400 mortos em Ghouta, próximo de Damasco.
Passou a hora da comunidade internacional mobilizar-se fortemente terminando
com o caos instalado naquela região do globo. Quantos mais precisarão morrer
para que cesse a barbarie, resgatando os valores básicos de uma sociedade
civilizada? Páscoa, momento de esperança e renascimento, acho que é uma boa
oportunidade de refletir e agir.