POR QUE O MARANHÃO?

O PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma
confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que
praticam o clientelismo alhures e de olho principalmente nos cargos, para
fazer negócios, e é verdade, alguns ainda buscam o prestigio político. A
maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os
governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas,
corrupção em geral, às vezes e brecado na última hora por intervenção de
uma presidente da República acossada pelo clientelismo. O sistema político
brasileiro, reorganizado nos estertores da ditadura militar, articula-se ao
redor de quatro grandes partidos: PT, PSDB, DEM e PMDB. Os três primeiros
veiculam, bem ou mal, narrativas ideológicas sobre o Brasil e o mundo. O
quarto, contudo, não é de fato um partido, mas a expressão maior do cancro
patrimonialista que envenena todo o sistema político. No fundo, o PMDB é uma
abóbada sob a qual se abrigam comandos de captura parcelar do Estado. Na
verdade dos contínuos aos senadores, forma-se uma grande família política
ligada por vínculos de parentesco, amizade compadrio, conterraneidade e
outros fatores de ordem pessoal. O PMDB é uma hidra de múltiplas cabeças,
tendo no Senador José Sarney (PMDB – AP) sua figura icônica. O caos no
Maranhão é fruto de quatro décadas de coronelismo do clã Sarney. Trata-se da
coisa pública usada a favor do particular. A democracia pode criar
anomalias, uma delas é essa. O voto de cabresto ocorre na segunda década do
século 21 colocando o Maranhão no início da República no Século 19. Senador
José Sarney e sua filha e governadora Roseana Sarney (PMDB – MA), são
espécies que representam bem o que os rábulas do agreste podem fazer a um
povo. O Maranhão é o estado mais pobre do Brasil, campeão de todos índices
negativos que podemos elencar. Destroçado por um coronelismo, pois
oligarquia é pouco, está condenado a muitos anos de recuperação se o povo
extirpar nas urnas essa marca que lesa a pátria. José Sarney já transferiu
ao Brasil seu poder destrutivo e oligárquico, enquanto presidente acidental
na fatal morte do ex-presidente Tancredo Neves. Foi representante do poder
militar em crise, presidente improvável que distribuía concessões de rádio à
sua vasta corriola enquanto o País naufragava no mar da hiperinflação,
exercia poder “oligárquico eletrônico” sobre o pobre povo do Maranhão,
converteu-se anos atrás em aliado interessado do PT de Lula e Dilma. Nessa
condição, Sarney e sua corriola controlam uma fatia do Maranhão, Amapá e
adjacências, na qual se encontram ministérios e estatais subordinadas a seus
afilhados políticos. Assim a família Sarney vem destruindo o Maranhão. Pobre
povo maranhense que se dobra a coronéis e crápulas disfarçados de políticos.