Aloprados, tremei! – porque agora temos Joaquim Barbosa, e esse ministro não parece ter medo de cara feia – nem da presidenta Dilma e nem de seus mentores difíceis de largar!
Ao contrário de quem o indicou, o nosso São Benedito de Paracatu, nas Minas Gerais, preferiu o trabalho duro à conversa mole, e estudou muito, apesar das adversidades ainda menos coloridas do seu caso.
Ávido pelo saber e pelo almejado exercício de cidadania que a ignorância não deixa acontecer, reclamou menos e batalhou muito mais – estudando em escola pública – tornando-se bacharel em Direito pela Universidade de Brasília, onde também fez mestrado em Direito do Estado.
Insaciável, foi fazer um novo mestrado, e doutorado, em Direito Público na Universidade de Paris.
Incansável, foi ver o que a América tinha a ensinar na sua área, e estudou direitos humanos na Columbia University e na Los Angeles School of Law.
Conheceu a cultura do submundo e a do primeiro mundo, e fala vários idiomas, mas o que mais entende é a língua – e o coração! – tupiniquim.
E da sua sarabatana justiceira só têm escapado os mequetrefes de baixa periculosidade.
O ex-presidente Lula e seus corre-ligionários, apreensivos pelos danos ao PT e às suas pretensões eleiçoeiras que esse julgamento do chamado mensalão está infringindo, poderia estar arrependido pela indicação de Joaquim Barbosa em 2003…
No entanto, não teria razão nenhuma se assim pensasse, porque, em tempos de nova classificação maniqueísta de espólio, Sua Excelência, o MM Ministro foi a herança mais bendita que Luiz Inácio nos deixou, mesmo que tal gesto se prove (ah, o juízo final…) autofágico.
Que os brasileiros saibamos capitalizar esse patrimônio nacional – garantia de todos os outros! – e desejar vida longa ao nosso herói, o suficiente pra contaminar de bravura e patriotismo os demais ministros – e os outros magistrados de quaisquer instâncias! – e tornar definitivamente hostil o ambiente, em todos os recantos da administração pública, a qualquer tipo de alopração, crônica ou ainda em fase de tentação.
Afinal, mais do que o belo sermão do padre, o que mantém o paroquiano fiel é a força da sua convicção e o medo da punição do inferno.
E que o Supremo, por assim o ser, determine que renasçam a crença e o espírito verde-amarelo nos bons brasileiros, assim como a natureza as árvores e a flor do ipê…