Pró-instituição e esprit de corps

Sob a fumaça do incenso litúrgico, enquanto o papa “Chicão” distrai a galera, instigando o seu enorme rebanho brasileiro a sair às ruas contra a corrupção para reinvidicar decência no governo e vida mais decente aos governados – mas, sem violência! – nos camarotes a companheirada se agita tentando fazer um aceiro no pasto onde queima a grama seca, que pode levar o fogo à copa tortuosa do pau-santo e do angico no planalto central…

A aparente resistência em reduzir o excesso imoral de ministérios e similares nacionais alcunhadas de secretarias, ralos sem sifão por onde escorre – deixando mal cheiro! – o dinheiro público desperdiçado, é mais um exemplo da crença sem limites na pré-disposição de deixar pra lá da brava gente brasileira.

Evidencia também a contumaz estratégia petista de pagar conchavo politico em detrimento do investimento na infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do país.

Típico de quem se diz de mãos atadas – as mesmas que se estendiam ávidas pelo louro de crédito alheio – e que prefere culpar a vaca pelo leite que azedou e o veterinário pela febre aftosa…  

A revista The Economist colocou o Brasil na capa, em dezembro de 2009, representado pela estátua do Cristo Redentor decolando como um foguete – “Brazil takes off”.

Nesta semana, o colocou novamente, simbolizado por um atleta afundando na lama juntamente com os outros representantes do chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), no que chamou de “The great deceleration”.

A China aparece à frente, correndo no barro, seguida pela Rússia – ainda de pé – e pela Índia tentando se mover.

O atleta Brazil está sentado na lama, completamente atolado, numa clara alusão da decepção daquele hebdomadário especializado em economia – ainda no pé do Mantega – com os nossos atletas-fenômeno dos tempos da pujança jactanciosa…

Ora se reza pela volta do capital especulativo atraído pela promessa de renda fixa e fácil – nem que seja aquele mesmo que se repudiava na propaganda eleitoreira dos que tinham a solução definitiva.

É preciso equilibrar a balança comercial e melhorar a exposição transparente dos números, eis que exportar é pra quem tem saúde econômica pra dar e vender, dar calote é sobreviver com aparelho – que não se tem tanto assim – e restringir as compras lá fora, suicidar-se politicamente sem chance de ressurreição.

Melhor seria a eutanásia generosa pela manifestação popular!

Apesar das novas cédulas de R$2,00 e de R$5,00 começarem a circular nessa segunda-feira, trazendo dinheiro novinho pro mercado, a rapaziada contrariada e sem acesso já conta com o apoio do Seo Francisco.

Com a queda da atriz Beatriz Segall numa calçada esburacada na Gávea, zona nobre do Rio, é bem provável que o mestre de artes marciais Steven Seagal vislumbre algum parentesco e venha juntar forças aos protestos no lamaçal…