A ONU, por seu Programa para o Desenvolvimento – PNUD, mostrou que o Brasil andou só um milímetro quanto ao seu IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Passou de 80º para o 79º lugar. Esse índice foi desenvolvido há 24 anos pela ONU. Quanto mais próximo a 1, melhor a situação do País em relação à saúde, educação e renda.
O melhor resultado é o da Noruega, com 0,944. O pior é o da Nigéria, 0,337. O Brasil tem um enorme passivo nessa área, como reconhece Jorge Chediek, Coordenador do Sistema das Nações Unidas.
Não precisaria haver índice da ONU para verificar que o Brasil não tem um padrão FIFA nos três quesitos. O SUS é uma promessa que se cumpre quando o necessitado consegue liminares ou antecipações de tutela junto ao Judiciário. Este é acusado de intervir nas políticas públicas, desorganizando as finanças do Município, o maior sacrificado. Mas é a Constituição que prevê a universalização do atendimento. Se houvesse investimento sério na prevenção, muitos problemas seriam evitados. O que se vê é fila de pacientes à espera de consulta, doentes em macas nos corredores, Santa Casa fechada por falta de recursos.
Educação é a chave para a resolução de todos os problemas brasileiros. Mas não se encontrou a receita de formar uma cidadania proativa, apta a enfrentar desafios e competente para edificar o seu próprio destino. O conteúdo da escola não raro imbeciliza, afugenta a criança inteligente, não respeita sua individualidade e a encaminha para uma Universidade que não atende às expectativas nem do aluno, nem da Nação.
E o que falar de renda? Distribuir bolsas desvinculadas de uma alavanca para a assunção de responsabilidades e para conscientizar a pessoa de que ela é protagonista, não um robô, responsável por seus atos, não eternamente tutelada pelo governo, não representa efetivo rendimento.
Pouco importa um quarto lugar no futebol, se amargamos um 79º lugar em IDH, atrás de Azerbaijão, Jordânia, Sérvia, Irã, Panamá, Venezuela e Cazaquistão, para não falar de Cuba e Argentina, respectivamente as 45ª e 49ª classificadas.
Vamos reagir, Brasil! Menos ufanismo e mais trabalho! Menos benesses e mais sacrifício! Acima de tudo, mais ética e seriedade.