Quem quer governar SP?

As eleições municipais se aproximam. A disputa pelo Executivo paulistano é aquela que mais chama a atenção de todo o Planeta. Pudera! São Paulo é a terceira maior cidade do mundo. É o terceiro orçamento da República. Maior do que mais da metade dos Estados da Federação. São Paulo é um milagre. Quem quer nos criticar diz que aqui só se trabalha. Mas é de trabalho que o mundo precisa. De vagabundos ele está cheio. E cada vez mais, com tantas bolsas e benesses, tantos cargos em comissão, tantos companheiros para que a viúva os sustente. Instaurou-se um regime de direitos, sem as correspectivas obrigações. Onde o Brasil vai parar?

Enquanto Nova Iorque cresceu 7 vezes em cem anos, São Paulo cresceu 360 vezes! As cidades ocupam 0,5% do território brasileiro, mas acolhem 85% da população. Em São Paulo isso é flagrante. São Paulo não tem mar, mas possui um oceano de ideias. O lugar onde melhor se come na Terra é São Paulo. A cultura mais consistente está em São Paulo. As artes, as bibliotecas, a música, o teatro, o cinema. São Paulo tem tudo. O futuro prefeito de São Paulo terá de ser um coordenador de megaprojetos. Terá de motivar a iniciativa privada a replanejar a cidade. A edificar comunidades planejadas. A salvar os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Mais as represas Billings e Guarapiranga, que podem converter a capital num centro privilegiado de lazer e dar serviço a milhões de desocupados.

O Prefeito precisará ser alguém que ame a cidade, capaz de devolver-lhe a autoestima, de fazer com que as crianças todas tenham carinho e escola integral. Que os transportes sejam velozes e limpos. Que haja segurança. Que haja verde. O cantor chamado Criolo ganhou as paradas em 2011 dizendo que São Paulo não tem amor. Pois é de amor que ela precisa. Não se deve ter vergonha em fazer com que o município e o munícipe seja amado. É de amor que o mundo precisa. Aliás, como dizia Franco Montoro, ninguém mora na União ou no Estado. Todos moramos na cidade. E temos de manter com nossa cidade uma relação amorável. Sem isso, tudo continuará na mesma: desalento, falta de perspectivas e a dúvida atroz sobre as entranhas corruptas presentes em quase toda atividade estatal.