Yuan-Yen

Japão e China inauguraram um novo sistema de câmbio no mercado internacional.

A partir de ontem, o comércio exterior entre os dois países tem uma monetização direta, ou seja, a livre troca entre o yuan chinês pelo yen japonês, excluindo o dólar americano como moeda intermediária de balizamento.

A China, segunda economia do mundo, é o maior parceiro comercial do Japão que detém a terceira maior economia, e 60% do comércio entre ambos está balizado em dólar. Os dois vizinhos pretendem aumentar seus laços comerciais, não obstante alguns atritos diplomáticos relacionados a reinvindicações territoriais.

A China mantém um controle rigoroso sobre sua moeda, pelo qual somente é permitida uma pequena flutuação, de acordo com parâmetros previamente determinados, com o objetivo de blindar sua economia, através de uma moeda menos valorizada, favorecendo suas exportações no mercado internacional de câmbio flutuante.

Essa política de controle artificial sobre o comportamento da moeda chinesa tem sido causa de históricas tensões com os Estados Unidos.

Fica evidente que a China está dando um grande passo visando a livre conversibilidade e internacionalização de sua moeda, num momento em que há crescente demanda para pagamentos e liquidações de operações em yuan.

Ao mesmo tempo em que se cria um padrão de referência inédito para o mercado internacional nos últimos tempos, não baseado em dólar, com evidentes vantagens para as exportações do gigante chinês, que ainda vai economizar US$ 3 bilhões anuais, referentes às transações baseadas na moeda americana.

Estima-se que seria predeterminada uma banda de flutuação para o yuan de 3% acima ou abaixo de um ponto médio diário.

A China mostra que está determinada a manter-se como o país de maior crescimento mundial, apesar de ter apresentado um pequeno arrefecimento na sua atividade econômica nos últimos meses, fruto da crise global que chegou finalmente aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Mas não é só isso, mostra que está determinada a disputar a liderança das economias mundiais nas próximas décadas, não só com base em seu extremo potencial produtivo, mas também com medidas inteligentes e estratégicas, dentro das regras do mercado internacional.

Fonte: tipnews.info