Tudo começou assim: Em 4 de fevereiro de 1992, o Coronel Hugo Chávez tentou um golpe de Estado na Venezuela contra o governo de Carlos Andrés Pérez. O golpe foi derrotado por um Exército constitucionalista que enviou Chávez ao cárcere. Dois anos depois, num gesto irresponsável e caríssimo ao povo da Venezuela, o presidente Rafael Caldera tirou o Comandante Chaves da cadeia anistiando-o. Seu gesto custou o sucateamento das estruturas de um rico e próspero País. O Comandante Chaves foi um tiranete típico dos países da América Latina. Alinhou-se com outros como Raul e Fidel Castro, Evo Morales, Peron, Pinochet etc. Na verdade ditadores como Stalin, Mussolini, Hitler, Papa Doc, Idi Amim são ecléticos e completos. Chaves foi um mais um fanfarrão que enganou pobres e ignorantes. A revolução Bolivariana começou a se decompor e desaparecerá, derrotado pela realidade concreta: a de uma Venezuela, o país potencialmente mais rico do mundo, ao qual as políticas do caudilho deixaram empobrecido, dividido e conflagrado, com a inflação, a criminalidade e a corrupção mais altas do continente, um déficit fiscal que beira a 18% do PIB e as instituições – as empresas públicas, a Justiça, a imprensa, o poder eleitoral, as Forças Armadas – semidestruídas pelo autoritarismo, a intimidação e a submissão. Nos 14 anos que Chávez governou a Venezuela, o preço do barril de petróleo ficou sete vezes mais caro, o que poderia ter feito desse país um dos mais prósperos do planeta. No entanto, a redução da pobreza nesse período foi ínfima. Enquanto isso, a expropriação e a nacionalização de mais de um milhar de empresas privadas, entre elas 3,5 milhões de hectares de fazendas agrícolas e pecuárias, não fez desaparecer os odiados ricos, mas criou, mediante o privilégio e o tráfico, uma verdadeira legião de novos ricos improdutivos. Agora caberá a aliança opositora presidida por Henrique Capriles, persuadir o povo de que a democracia futura da Venezuela terá se livrado dessas taras que a arruinaram e terá aproveitado a lição para depurar-se. Acabar com o abuso de poder restabelecendo a legalidade, restaurando a independência do Judiciário que o chavismo aniquilou, acabando com essa burocracia política que levou à ruína as empresas públicas. Com isso, se produzirá um clima estimulante para a criação de riqueza nos quais empresários possam trabalhar investindo, de modo que regressem à Venezuela os capitais que fugiram e a liberdade política, social e cultural do país do qual há dois séculos saíram tantos milhares de homens para derramar seu sangue pela independência da América Latina. Foi-se um tiranete.