Está previsto para hoje, sexta-feira, o anúncio dos dados relativos ao desempenho da atividade econômica, no primeiro trimestre desse ano, o que está sendo esperado, com grande ansiedade, por economistas, políticos, investidores e a população em geral.
Tanto para Barack Obama quanto para Mitt Romney as informações são de máxima importância, pois metade de todos os eleitores, que participaram das pesquisas de opinião, afirmaram que a economia será o fator mais importante para a decisão de seu voto, em novembro.
Historicamente o desempenho do PIB tem sido o fiel da balança nos resultados das urnas. Eisenhower foi reeleito com o repentino e sutil crescimento de 2%, e Nixon enterrou impiedosamente os Democratas com o aumento de aproximadamente 5% do PIB.
Romney, desgastado pelo “fogo amigo” das primárias, que foram longe demais, o que demonstra a acirrada disputa dentro do partido, deverá iniciar sua campanha com o slogan que “a economia não vai mudar muito, pela forma como tem sido dirigida”.
Obama, por outro lado, já em plena campanha, prepara para maio o discurso sobre a esperança de crescimento do PIB em torno de 3% ao ano.
Analistas respeitados preveem um crescimento de 3,2% no trimestre, ao passo que economistas da Mizuho, um banco de atuação global com sede no Japão, apostam em uma taxa de 2,5%, o que está de acordo com a opinião dos investidores de Wall Street.
O que fica claro, de acordo com o noticiário econômico durante esse primeiro trimestre é que a economia norte-americana, se não demonstra franca recuperação, pelo menos estancou a hemorragia da crise internacional.
A situação atual é visivelmente melhor do que a dos países da Zona do Euro, e o desemprego também já sinalizou queda favorável.
Porém, como já tivemos oportunidade de referir em outro texto desse Blog, é de consenso geral que a economia será o grande divisor de águas nos resultados da eleição de novembro.
Será o foco principal nos palanques, com os Republicanos apostando na permanência dos fatores negativos atuais, ao passo que Obama terá pela frente, o desafio de mostrar que os resultados positivos foram alcançados em função das medidas enérgicas e conscientes de seu governo, e com isso emplacar a esperança que, a manutenção das políticas adotadas até aqui, devolverão a prosperidade à maior nação do planeta.
Fonte: tipnews.info
E o eleitorado, em geral de curta memória e pouco interesse, e por isso, em grande parte se não no todo, mais susceptível à influência do que às próprias conclusões, deixa o candidato – bom ou ruim – à mercê da oposição. Ou seja, o que acabará determinando a vitória ou a derrota deste ou daquele candidato será a habilidade do oponente em ‘pintar o diabo’, e não, necessariamente, reinvidicação de grandes feitos e/ou virtudes pessoais…
Como no jogo de buraco, vence quem fizer mais canastra, ainda que ‘suja’, e ‘bater’ primeiro!
Em tempos de colheita no campo, com seca na Flórida, ‘citrus greening’ e ‘Mad Cow’ na Califórnia, os mexicanos, que já começam a voltar pro outro lado do Rio Grande, serão um grande alvo.
Não deve ser por acaso que o Obama inicia oficialmente sua campanha no Cinco de Mayo…