A COPA DO PÃO E CIRCO

A Copa do Mundo Brasil FIFA 2014 é um negócio arquibilionário para quem
vive em torno de futebol. Estes inventam a cada torneio novas regras que
tornam necessárias obras civis que exigem grandes investimentos de estádios
à infra estrutura de transportes urbanos e aéreos, além da adaptação da rede
hoteleira para atender à demanda de público aos jogos. Segundo o balanço
oficial do governo, foram gastos R$ 25,6 bilhões em obras entre estádios e
infra-estrutura ainda inacabados … uma vergonha em âmbito mundial. Deste
valor cerca de 85% saíram dos cofres públicos. O Orçamento de 2014 previsto
para o Ministério da Educação é R$ 42,2 bilhões, para o de Desenvolvimento
Social é de R$ 31,7 bilhões e para o de Ciência, Tecnologia e Inovação é de
R$ 6,8 bilhões. Como um governo que se diz sério pode gastar com um torneio
particular de futebol 60% do que gastará com a Educação da população, 80%
do que gastará com Desenvolvimento Social e 3,5 vezes mais do que gastará
com Tecnologia e Inovação? Como um governo que se diz sério pode crer que
fez um bem ao Brasil? O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT),
precursor desse suposto assalto aos cofres públicos mereceria ser
investigado pelo Ministério Público para confirmar as verdadeiras razões
dessa “trapaça” ao erário. Em relação ao possível legado de uma Copa, há
duas controvérsias. A primeira é que nunca sede alguma de Copa do Mundo
trouxe a lume um relato confiável dos lucros auferidos ao longo do evento. A
segunda é que mais arrecadação nem sempre (ou quase nunca) representa
melhora de atendimento em hospitais, aprimoramento da educação,
especialmente a básica, nem redução significativa de índices de violência.
Se isso foi medido, está mantido sob rigoroso sigilo. A conversa fiada de
sempre é que o contribuinte não bancará o banquete em que se refestelarão os
barões do marketing esportivo, dos meios eletrônicos de comunicação de
massas. Balela! Outra questão corrente é dos escândalos cada vez maiores,
corrupção, desmandos e políticas atrapalhadas são acontecimento impregnados
no governo federal. Como Dilma controlará a voracidade dos sindicatos e dos
movimentos sociais que enxergam a Copa do Mundo como uma vitrine para mais
de 3 bilhões de telespectadores e portanto com altíssimo poder de chantagem
e convencimento em movimentos que param o Brasil? Deve ser com um pouco do
mesmo, ou seja, “política de pão e circo”, enganado o povo simples. Depois
da Copa do Mundo, a partir de agosto, todas as atenções estarão voltadas
para as eleições. Por isso, parece oportuno que alguns temas comecem a ser
discutidos para influir nos programas dos futuros candidatos. Por exemplo,
como reverter os efeitos desastrosos dessa República Sindical, verdadeira
ditadura de esquerda.