O sistema eleitoral americano tem muitos defensores, mas o ato de votar na América ainda está na Idade da Pedra…
Dependendo de onde o eleitor se encontre, os Estados Unidos oferecem diversas opções de se votar, sendo a mais comum o comparecimento ao local de votação.
Pode-se votar pelo correio, desde que se solicite a cédula eleitoral em tempo hábil de ser enviada, pelo cartório eleitoral, e recebida de volta, pelo oficial eleitoral da devida jurisdição, até o início da contagem dos votos no dia oficial da eleição.
É o chamado Absentee Ballot.
Entretanto, se o cidadão morar ou trabalhar no exterior, pode colocar o voto no correio no dia da eleição. A cédula eleitoral – especial pra este caso – deve ser solicitada, claro, também com antecedência compatível com o trâmite postal.
É o caso do Overseas Absentee Ballot.
É possível também antecipar o voto (Early Voting), em períodos e locais pré-estabelecidos, mediante a presença e a identificação em tais locais.
Apesar da maior possibilidade da fraude ocorrer quando o eleitor – ou o seu suplente! – não está diante de um mesário, os defensores de tamanha conveniência – num país onde o voto não é obrigatório – alegam que a mesma estimula o exercício do voto.
O fato do dia da eleição cair num dia de semana, coincidindo também com o horário de trabalho, aumenta a propensão a ficar em casa, e as alternativas existentes visam fomentar a participação de todos, incluindo os mais idosos, que utilizam bastante o voto pelo correio.
Adicionalmente, pra alimentar a crítica, as formas de votação na terra da democracia podem ser diferentes, onde cada condado (county) ou distrito determina se será voto eletrônico ou na base do bom e velho papel.
As urnas eletrônicas, do tipo touch-screen, têm perdido terreno devido ao medo dos hackers, da disposição teimosa do equipamento eletrônico em dar tilt, como naquelas máquinas de pebolim do meu tempo, e da falta de habilidade no manuseio por parte do usuário.
Os equipamentos de leitura ótica (optical scanners), em que o eleitor escaneia as folhas com suas escolhas preliminarmente assinaladas no escurinho da cabine – a cédula eleitoral propriamente dita – como aquelas folhas de respostas dos testes computadorizados da faculdade, são os que estão mais em voga por aqui, além da velha urna do Tio Sam…
A diversidade das opções de voto, bem como dos métodos adotados, aumenta, respectivamente, a participação do eleitor e a probabilidade da fraude e do erro.
À parte do eleitor já se deu o decurso do prazo; o medo da fraude e do erro está transferido agora ao pessoal da apuração, sob fungada no cangote…