DOMINGO, RECADO DADO

A mobilização civil do último domingo 16 de agosto deixou um claro recado.
Dilma, renuncie, caso contrário o povo pressionará o Congresso ou o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) para a abertura de um processo de impeachment. O
movimento também entrou para história, como entrou as manifestações de
15/03/15, o movimento pelas “Diretas Já” de 1983 e 84, o movimento
estudantil dos “Cara Pintadas” em 1992. A primeira avaliação sobre as
manifestações é que embora com número menor de manifestantes, foram muito
mais abrangentes, atingindo 22 estados e mais de 400 cidades. Os protestos
impressionaram por ter focado a presidente Dilma, o ex-presidente Lula, o
Partido dos Trabalhadores (PT) e todos associados ao esquema de corrupção
investigada pela Operação Lava Jato. Ninguém mais tolera o desgoverno, a
corrupção, os métodos não republicanos com que o governo conduz o País. Hoje
com a acessibilidade e a conectividade nas próprias mãos, todos participam
das redes sociais e assim ficam ao par das notícias em tempo real. Os
políticos que apostam na desinformação vem se dando mal. Esse método
centenário de dispersar as más notícias, tão usado no passado está superado.
Ninguém mais consegue passar ileso as redes sociais, e no estado que o
Brasil se encontra, se tornarão cada vez mais freqüentes as manifestações de
inconformismo. Estudando a história, o momento de Dilma em 2015 está cada
vez mais próximo do momento de Collor em 1992. Em seu impeachment; Collor
não tinha partido, Dilma tem o mais importante da república, que cada vez
mais vira as costas para ela. Collor governava com amigos, já Dilma tem uma
base aliada faminta e bem definida, porém, na sua maioria de amigos de Lula,
que vem minando-a por meses. Havia uma prova indiscutível de improbidade
contra Collor, já contra Dilma começam surgir indícios. Mesmo o PT sendo
poderoso, o primeiro escalão de Dilma é inexpressivo, predominando a
articulação dos políticos do PMDB. Nossa presidente é grosseira com a
política e se cerca de incompetentes que nunca a contrapõe. Caso não haja um
aceno claro com mudanças imediatas, Dilma Rousseff não terminará seu
mandato. O povo confirma que está acordado e vendo os absurdos, clama pela
saída imediata e democrática da presidente. Como noutro artigo mencionei, o
recado vem das ruas que não mais tem nome próprio, simplesmente democracia.