O milagre depende de nós

Não é impossível converter o Brasil num País de primeiro mundo. Basta empenhar-se e aprender com experiência alienígena. Veja-se o exemplo de Cingapura, fundada em 1965. À época, sua renda per capita era de US$ 400 ao ano. Bastaram cinquenta anos para que essa renda chegasse a US$ 60 mil anuais. Cuida-se de uma pequena ilha, usada pelos ingleses como entreposto comercial no estreito de Málaca, desprovida de recursos naturais, espaço ou língua definida. No entanto, converteu-se em potência mundial das finanças, comércio, eletrônicos, refinarias e serviços.

O que aconteceu? Firmeza de caráter de um povo que levou a sério eleger um governo íntegro e eficiente, estabeleceu políticas econômicas favoráveis aos negócios e ao empreendedorismo e não considerou antidemocrática a disciplina, a ordem e o estrito respeito às leis. Isso não a impediu de ser tolerante para com a diversidade e a implementar um eficiente multiculturalismo. Tudo passou pela educação, não pela mera escolarização. O funcionário público é uma elite se considerado o seu mérito. Em Cingapura o servidor se orgulha de integrar um Estado que abomina a corrupção.

Não faltam ao Brasil os ingredientes que o conduziriam pela mesma rota. Ainda existe gente bem intencionada, nem todos os políticos são canalhas, nem toda a escola pratica aquele velho estelionato: professor finge que ensina, aluno finge que aprende.

Só não pode fingir, na escola particular, que paga e deixar de fazê-lo. As futuras gerações não merecem receber o resultado da omissão e do desalento de tantos que não acreditam mais nas instituições e desertaram dos valores.

Elas são as destinatárias de um planeta que nós deterioramos e que já não responde com eficiência às necessidades vitais. Erramos no mundo físico, ao desrespeitar a natureza e erramos no mundo espiritual, quando abortamos o sonho. Mas os milagres existem e dependem exclusivamente de nossa vontade. Consciências atiladas, uni-vos!