REDES SOCIAIS E ELEIÇÃO

No Brasil já somam mais de 82,4 milhões de internautas ou 43% da população.
Essas pessoas passam cerca de cinco horas por dia conectados muitas das
vezes nas redes sociais. A democracia não escapa das mudanças provocadas
pela internet a exemplo da empresas digitais. Os estrategistas de Business
Inteligence já identificaram o poder das redes sociais, todos os passos de
seus consumidores são monitorados e as informações, incorporadas à rotina
das equipes de marketing. Uma pesquisa da Pew Research Center’s
Internet & American Life Project mostrou que em 2012 mais da metade dos
adultos norte-americanos obteve na internet informações sobre as eleições no
país. A pesquisa revelou que 32% dos usuários de internet adultos tiveram
nela seu principal meio de informação ou de envolvimento com a campanha
eleitoral. E 22% usaram o Faceboock, o Twitter ou outra mídia social para
fins políticos. Barack Obama, então candidato a presidente, desenvolveu uma
excelente estratégia na internet e, reunindo colaboradores de forma inédita,
superou os seus adversários, conquistando eleitores e doadores para a sua
campanha. A grande inteligência da campanha de Barack Obama foi focar em
grupos-chave para a eleição, com os hispânicos, as mulheres e os jovens
americanos. No Brasil, nas últimas eleições presidências a internet foi
fundamental para o segundo turno. O candidato José Serra e a candidata
Marina Silva destacaram-se na web, mudando drasticamente o cenário que
apontava para a vitória de Dilma Rousseff já no primeiro turno. O
fato é que a internet provocou uma intensa transformação no comportamento da
humanidade e na forma de fazer política. Foi assim anteriormente, com o
rádio e com a televisão, porque o surgimento de novas mídias resulta em,
novos hábitos e práticas. No mundo virtual o candidato pode estabelecer uma
interação com o seu público-alvo. Interagir é o mais importante, porque na
web não é permitido falar como se se estivesse num tradicional comício. Vale
lembrar que nesse espaço democrático, antes de falar, é melhor escutar,
compartilhar, trocar experiências, dividir e discutir pontos de vista. A
internet possibilita agilidade para esclarecer mal-entendidos, responder
críticas, desmentir boatos e agradecer o apoio de quem expressa sua opinião.
Nas eleições desse ano, quase 2 milhões de jovens vão às urnas pela primeira
vez. Dados recentes divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral apontam que
41,3% do eleitorado brasileiro tem menos de 34 anos, Os jovens que respiram
tecnologia e vivem conectados – por computador ou smartphones interagem nas
redes sociais. Ou você acha que eles vão ficar na frente da TV assistindo ao
horário eleitoral gratuito?