A psicopatia é definida como uma distorção da personalidade que se caracteriza pela negação das obrigações sociais e pela ausência de empatia em relação aos outros, levando ao desrespeito e à violação do direito alheio…
A julgar pelas tragédias de todos os tamanhos – evitáveis! – que soem acontecer em toda parte, seremos mesmo criaturas gregárias, ou não passamos todos de um bando de individualistas psicopatas e que se dane o nosso semelhante?
O bullying na escola, nas ruas e nas calçadas, nas relações profissionais e amorosas, a predação sexual de indefesos e o assalto ao bem alheio parecem revelar que pioramos muito aquele símio que um dia fomos…
Viver – a arte fundamental! – é se expor.
É quebrar a casca do ovo, romper o cordão umbilical, sair do ninho ou da caverna, e se aventurar….
Exige o dom, prática e habilidade – e a anuência dos demais!
E os jovens – porque têm ânsia de viver! – parecem ser os mais vulneráveis ao descaso e à alienação dos demais humanos…
É uma fatalidade quando um psicótico armado para a sua guerra ataca crianças numa escola…ou pessoas nos shoppings, nos cinemas e nos metrôs…ou prédios com aviões civis sequestrados.
Mas é mais preocupante – e tem sido muito mais catastrófico! – quando as pessoas normais, instituídas de autoridade, se acomodam em si mesmas, negligenciam suas funções e desprezam a vida de quem as fez existir como tal.
Prevenir o mal é tentar supor até o imprevisível e, ao menos, minimizar seus efeitos.
Por que, por exemplo, obrigamos um motoqueiro a usar capacete – muitas vezes máscara de criminoso! – por querer protegê-lo, e permitimos que recintos públicos dificultem mais a saída de caloteiros do que corpos carbonizados?
De que servem as inspeções técnicas de segurança e os alvarás de funcionamento que as nossas leis sabiamente obrigam?
Pra ensinar a maneira mais rápida de apagar corpos queimando, ou permitir que se possa fugir a tempo da fogueira?!?